13.11.09

heschel.

existe algo "mágico" em torno de certos livros, certos parágrafos, certas frases… mas mesmo em bons livros, grandes livros, é raro já o primeiro parágrafo ter um poder magnético irresistível. entre os que mais me marcaram até hoje está o do heschel chamado "o schabat". cito, na íntegra, os primeiros dois parágrafos (e com tanto respeito, que, pela primeira vez neste espaço, aparecem maiúsculos no início de cada frase).

A civilização técnica é a conquista do espaço pelo homem. É um triunfo freqüentemente alcançado pelo sacrifício de um ingrediente essencial da existência, isto é, o tempo. Na civilização técnica nós gastamos tempo para ganhar espaço. Intensificar nosso poder no mundo do espaço é o nosso maior objetivo. No entanto, ter mais não significa ser mais. O poder que alcançamos no mundo do espaço termina abruptamente na fronteira do tempo. Mas o tempo é o coração da existência.
Ganhar o controle no mundo do espaço é certamente uma de nossas tarefas. O perigo começa quando, para ganhar poder no reino do espaço, pagamos com a perda de todas as aspirações no reino do tempo. Há um reino no tempo em que a meta não é ter, mas ser; não possuir, mas dar; não controlar, mas partilhar; não submeter, mas estar de acordo. A vida vai mal quando o controle do espaço, a aquisição de coisas do espaço, torna-se nossa única preocupação.

daria pra passar o fds inteiro pensando nisso… e garanto que não seria um tempo perdido.

8.11.09

b.day

tem duas coisas que eu sempre tentei esconder e que sempre me perguntam (talvez justamente por isto, rs.):

a) meu nome completo

b) a data do meu aniversário

bem… não gosto de revelar meu nome completo por uma razão muito simples: tem um nome antes do "leonardo" e um antes do "gonçalves", ou seja: meu primeiro nome nem é leonardo! aí –claro!– nas comunidades destes sites de relacionamentos já se levanta a questão da falta de espiritualidade e do estrelismo que leva uma pessoa como eu a não querer usar o "nome verdadeiro" e adotar um "nome artístico", rs.! [fala a verdade! usar o segundo ao invés do primeiro nome não me parece algo tão "artístico" assim, rs…] sendo que a razão para isto é bem mais simples e bem mais óbvia: na ocasião do meu nascimento meu primeiro nome foi sugestão do então 2o tenor dos arautos do Rei (meu pai, na época, era o barítono), ou seja, deve ter sido o nome que meu pai queria. como meus pais se divorciaram quando eu tinha apenas 1 ano de idade e minha mãe resolveu me chamar pelo meu segundo nome "leonardo", ninguém, NUNCA, JAMAIS, me chamou pelo primeiro nome. não tenho nada contra o primeiro, no entanto! tenho até um grande amigo que foi meu padrinho de casamento que se chama por este nome. mas simplesmente pra mim, na minha cabeça, este nome não sou eu! na alemanha você não é obrigado a matricular o seu filho na escola com o nome completo e lá também não tem chamada. no 2o grau, no IASP, a chamada era por números. onde pegou, foi na unicamp, apenas… e somente porque lá me relacionei com tão pouca gente que simplesmente não valia a pena o esforço de corrigir todo mundo e ensinar-lhes que, na verdade, sou "leonardo" e não "…", rs.!

o lance da data do aniversário é simples, também… socialmente se cria uma expectativa de que este dia deva ser especial, sendo que o dia é tão normal quanto todos os outros, com as mesmas 24h… e sempre achei "parabéns" muito exdrúxulo, porque, afinal, não fiz nada demais! em formatura, casamento ou coisas do tipo um "parabéns" cai muito bem, mas aniversário? o que tem de especial em ter tido a capacidade de "não morrer" por mais um ano?! "parabéns" pra D-s que me manteve vivo! eu, não fiz nada!
e também não me empolgo em receber presentes, não… simplesmente não gosto desta atenção toda despendida a este dia e preferiria que simplesmente o deixassem passar em branco. acho que desde os meus 12 anos já sou assim, neste sentido… só que como, ainda por cima, hoje sou uma pessoa "pública" a atenção pra este dia é redobrada. por isto nunca divulguei a data (e parece que quanto mais a tento esconder, menos isto dá certo).

hoje, com wikipedia, não há mais segredos, rs… os curiosos podem conferir aqui.

6.11.09

muro.

semana que vem (exatamente no dia 09.11.2009) vai completar 20 anos da queda do muro de berlin. lembro como se tivesse sido ontem. um dos eventos que mais marcou minha infância.

meus amigos e eu, na época com 10 anos de idade –no parquinho, mesmo– discutíamos se esta união não estava sendo feita precipitadamente, se era o melhor caminho para a BRD (república federativa alemã), quais os objetivos do primeiro ministro helmut kohl, as consequências para a economia, enfim… consegue imaginar um bando de criança de 10 anos de idade discutindo política? éramos nós. a gente podia não estar compreendendo tudo o que se estivesse passando, mas tinha aquele sentimento, aquele ar de que a gente estava vivenciando algo importante, vivendo um momento histórico.

vocês só podem imaginar como é para alguém nesta idade conhecer pessoas que falam a mesma língua, pertencem, na verdade, a um só povo, mas com sotaques e hábitos tão diferentes! pessoas que não sabiam o que era mcdonald's, coca cola, talvez nunca tivessem chupado uma laranja ou sequer visto uma banana de perto… muitas pessoas comiam tanto abacaxi em suas primeiras viagens ao lado ocidental que ficavam com a boca cheia de haftas. e tudo isto não por razões de injustiça social (na época eu nem sabia o que era isto), mas por razões políticas; porque há uns 50 anos a alemanha havia perdido uma guerra.

meu melhor amigo da 4a até a entrar na 7a série havia nascido e se criado na alemanha oriental. sua família havia sido uma das milhares que fugiram da DDR antes da queda do muro, pela (então ainda) tcheco-eslováquia via viena (na áustria) para a alemanha ocidental. seria mais ou menos como tentar entrar nos estados unidos pelo méxico, sem documentos (com a significativa diferença que os irmãos da alemanha oriental eram MUITO bem recebidos com salário de desemprego, plano de saúde, moradia, etc.). embora a gente brigasse MUITO, era um grude só; onde um ia, o outro tinha de estar.

uma das coisas que mais me impressionou quando as fronteiras foram abertas, foi a atitude da alemanha ocidental de dar de presente a TODO visitante que viesse do "lado de lá" (
drüben) 200,00DM (equivalente a uns 100,00US$ na época) e de trocar o marco oriental para o ocidental (que deveria valer no mínimo dez vezes mais) 1 por 1. isso com dinheiro de imposto, dinheiro do governo. e a maioria estava de acordo com isto. mas embora o muro de berlin já tivesse caído, o muro dos preconceitos ainda continuava de pé, sendo fortificado e erigido cada vez mais alto toda vez em que o sotaque diferente ou algum hábito que nos parecia exdrúxulo era motivo de chacota; e infelizmente isto não era raro. a última vez em que fui a berlin, em 2003, pouco restava das diferenças de um lado para o outro. e o preconceito também havia diminuido significativamente. mas demorou mais de uma década, até mesmo porque os muros invisíveis são os que mais demoram a ser derrubados.

é curioso pensar que a 10.000km de onde eu morava nesta época, aqui no brasil, este mesmo evento marcou profundamente uma pessoa que eu só conheci muitos anos depois: heber schünemann. ele ficou tão impressionado que compôs a música "muro". e rapidamente esta música se tornou para ele a mais querida de todas as músicas que ele havia escrito até então, como se fosse sua "obra prima" deste período.

ele mostrou a música pra muita gente, alguns solistas e vários grupos chegaram a cantar esta canção, mas nunca ninguém a gravou. D-s a guardou até o momento em que alguém que vivera de perto o momento da história mundial que inspirara esta canção aparecesse para gravar seu primeiro cd solo,
poemas e canções.

D-s é D-s.

como entender os caminhos de alguém
que movimenta o universo inteiro
sabe os lugares que vou percorrer
move montanhas por mim em segredo?

felipe valente


(gravado por dida vagner no cd obra.)

28.9.09

salachti…

o perdão de D-s é restaurador. "Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna." (hebreus 4:16)

nenhuma palavra poderia trazer mais conforto e alívio para aquele que busca a D-s do que salachti; e nenhuma ocasião poderia ser mais "oportuna" do que o dia de hoje, yom kippur.

21.9.09

lançamento do livro "voz e canto"


tá um pouco em cima da hora, mas não podia deixar de fazer menção ao lançamento deste livro. a dr. blacy cella gulfier é minha fonoaudióloga; não por eu estar com alguma patologia (problema vocal), mas pra aprimoramento vocal. ou seja: se preferirem esta terminologia, ela é minha professora de canto. e entende MUITO de voz (e de música).


no cd viver e cantar em mais ou menos metade das músicas eu tive minha voz produzida por ela e o resultado é absolutamente audível, mesmo para os ouvidos mais leigos. trabalhar com ela (embora tenhamos um trabalho, rs., assim… nem sempre tão constante quanto eu ou ela gostaríamos) realmente mudou minha maneira de cantar (pra não dizer minha vida, rs.!)… para MUITO melhor…

8.8.09

na presença de D-s.

hoje, dia 08.08.2009, é o lançamento oficial do dvd "na presença de D-s", ou ELEF (encontro de louvor em família). tem muitas razões que tornam isto um evento especial. pra começar, este dvd foi gravado em agosto de 2004, ou seja, depois de sua gravação, demorou 5 anos para sair. se ele, depois de 5 anos, ainda conseguiu ser lançado –e ouso dizer que ele ainda é atual– isto em si já quer dizer muito. dizer ainda, dentro deste contexto, que sua primeira tiragem já acabou, é no mínimo significativo.


já escutei muita gente (além dos próprios adventistas, por favor, né, rs.!) dizendo que a música adventista, de modo geral, se destaca pela qualidade (tanto de produção, como vocal, musical, etc.); em muitos lugares nossa música é até considerada elitista! o que pouca gente sabe é que, em parte, isto é uma consequência da vida, obra, dedicação e serviço de um homem visionário: williams costa jr. [apenas alguns exemplos de produções assinadas por ele: o LP com a gravação original de "100 ovelhas" de ozéias de paula; a cantata "vento livre" da igreja batista do morumbi, de guilherme kerr, jorge camargo, jorge rehder e nelson bomílcar com participação especial de joão alexandre; o álbum mais vendido do prisma brasil "discípulo Teu" com canções como "asas da alva" e "eu não me esqueci de ti"; o mais vendido dos arautos do Rei de todos os tempos (ou pelo menos era há uns 3 anos) "em nome de Jesus"; todos os discos da cantora sonte, sua esposa; e meu primeiro cd "poemas e canções", entre muitas outras.]

o que muitos adventistas sabem, mas quase nunca admitem (e que, fora nós, praticamente ninguém sabe), é que, ao passo que temos excelentes gravações e cantores solistas, quartetos, grupos, corais e orquestras, nosso cântico congregacional está com sérias dificuldades. isto se torna ainda mais grave pelo fato de crermos que nossa missão seja pregar a 1a mensagem angélica (leia
apc. 14), que, em sua essência, é uma mensagem de adoração. só que nossa experiência de louvor e adoração congregacional é extremamente... bem... vou usar a palavra "difícil" (digo isto referindo-me à realidade do dia-dia, nas congregações nos cultos habituais).

é verdade, temos hinos tradicionais lindos em nosso hinário e às vezes até aparece um ou outro "corinho" bonito, rs... mas parece que, talvez pelo fato da música ser um assunto tão polêmico para nós, a gente tem uma dificuldade imensa de entregarmo-nos ao louvor, de cantarmos com a mente
e o coração. somos excelentes ouvintes, mas na hora de cantarmos juntos falta... não volume, mas energia... se é que vocês me entendem.

o
ELEF é a iniciativa do mesmo homem visionário anteriormente citado (o meu tio willy) de não revolucionar, mas reavivar a nossa experiência de louvor, de um jeito que seja compreensível para nós. falo compreensível pela linguagem.

é muito difícil explicar certas coisas sem que as pessoas façam aplicações para o que é superior e inferior e isto me entristece muito. de modo geral, cada ser humano age como se ele fosse o padrão para as coisas, o que é até compreensível, porque, afinal, a gente só consegue, mesmo, enxergar as coisas do nosso ponto de vista, ou não?!
a resposta é não(!!!). é raro, mas é possivel conhecer pessoas que exercitem o que é denominado de alteridade. somos intolerantes, porque não exercitamos a alteridade, que, resumindo (muito), é a capacidade de desconfiarmos de nós mesmos e de até mesmo partir do pressuposto que, talvez, nossa maneira de pensar e agir não seja a única correta, nem a mellhor.

quando participei (no vocal) da gravação do dvd "D-s de promessas" do então ainda
toque no altar, fiquei emocionadíssimo em ver um atl hall com mais de 8.000 pessoas cantando de uma maneira que até então eu nunca havia visto. e daquelas pessoas que estavam tão emocionadamente e emocionantemente cantando aquelas canções talvez poucos consigam fazer o exercício necessário de entender um dvd como o ELEF. primeiramente pelo fato de não conhecer nenhum dos solistas que participaram e isto dificultar ainda mais a compreensão do significado daquilo. segundo, pelo fato de o dvd, como quase todos os dvds, não conseguirem traduzir o que foi estar lá, no dia. e depois, pela linguagem, mesmo. mas para mim, foi um dos momentos mais importantes da minha vida; talvez a primeira vez em que pude participar genuinamente de um momento de louvor e adoração e pra mim, aquele momento, aquele dia, aquele final de semana, foi simplesmente perfeito.

e gente... pelo preço de 3,60R$ para um dvd original (é isto, mesmo!!!)... acho que pelo menos como exercício de alteridade, rs, vale a pena pra todo mundo.

meu conselho:
a) dê uma boa vasculhada no site
www.elef.org.br, tem inúmeros videos explicando o que é, etc.
b) compre mais do que um, pra dar de presente, e –MUITO importante–
c) quando for assistir, faça isto com calma, com espírito de oração e
sem interrupções(!!!)
d) lance mão dos depoimentos nos extras; ajudam bastante, também, na compreensão
e) se você ainda assim não gostar, rs... ;( fique um mês sem assistir e tente de novo, rsrsrs... ;)

31.7.09

twitter...

não resisti por muito tempo, não, rs... acabei por entrar nesta onda que –por enquanto– ainda não virou vício... 

@leonardogoncal7 

ou
 
http://twitter.com/leonardogoncal7




30.7.09

finalmente: playbacks viver e cantar!!!

enfim, galera... demorou, mas chegou. mais especificamente ontem –da fábrica– a primeira tiragem dos playbacks do cd viver e cantar... quase que nem eu o creio!


aproveito esta oportunidade para pedir desculpas pela demora em lançarmos este produto que tanto tem o potencial de abençoar pessoas. quantas pessoas não escutaram alguma música abençoadora pela primeira vez porque um bendito se dispôs a aprender e ensaiá-la com o fim de enriquecer o culto de sua igreja? D-s seja louvado por estes milhares, sim, milhões de cantores que exercem a obra de D-s em sua igreja local.

e a verdade é que D-s não tem grandes e pequenos servos, não tem grandes e pequenos ministérios; não entendo muito bem esta ânsia que tantos entre nós temos, de termos uma "GRANDE" obra a fazer. a obra é grande e/ou grandiosa não por causa de seu tamanho ou alcance, mas –e isto, sim!– por causa daquEle que nos chama e capacita para realizá-la. até mesmo porque a obra, mesmo, é de D-s e não nossa. sabe... de que adianta "pregar pras nações" (que coisa mais abstrata!) se você não consegue nem se preocupar com a necessidade muitas vezes real e palpável do seu vizinho, do seu irmão, da sua igreja local? cadê o testemunho pessoal de cada dia?

agora não importa para que D-s tenha chamado você, é necessário que você execute esta tarefa não visando o tamanho da mesma e, sim, a grandeza do D-s que o chamou. e dentro deste contexto é mister que você faça o que tiver de fazer com afinco, dedicação e –por que não?– maestria.
e é dentro deste contexto que preciso também alertá-lo quanto ao uso de mp3. simplesmente, porque a qualidade de um mp3 normalmente é 10 a 15 vezes inferior do que do cd. quando você baixa um mp3 o arquivo tem, quando muito, 4MB. no cd original cada música tem no mínimo 40MB. isto tudo é qualidade que se perde. e não é só D-s que merece o nosso melhor, não; o irmão que foi a igreja para congregar no dia em que você vai cantar, este também merece o seu melhor. e você e eu, merecemos o melhor do pastor que vai pregar e assim por diante.

passar o som, conhecer bem o playback, ensaiar bastante a música (a não ser que você tenha um problema sério de memória ou de nervosismo, decore a letra por favor, sempre que puder!) e aquecer a voz é o mínimo que você pode fazer. e sempre, tudo, sob a direção divina. sei que é um chavão, mas D-s não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos. e capacita, mesmo! se Ele o chamou, Ele o capacitará. porque é Ele quem faz.

existem muitos lugares em que os músicos e a liderança da igreja ou os pastores vivem em pé de guerra. não cabe a mim, agora, querer analisar a fundo o porquê de tudo isto, mas vejo a necessidade de tentarmos mudar este quadro, onde isto ocorre. é muito importante que compreendamos que a música, em si, não tem finalidade alguma. a música está a serviço do culto. escolha músicas pra cantar na sua igreja que estejam em harmonia com a linguagem que ali é utilizada. é um princípio básico de comunicação: música é linguagem e não faz sentido cantar em grego para uma platéia de suecos.

não queira revolucionar a música da sua igreja ou causar escândalos na sua congregação. as pessoas não estão indo pra igreja pra ouvir você cantar, elas estão indo para adorar a D-s. e mesmo quando você já tem um trabalho e um estilo estabelecido e for convidado para cantar em uma igreja da qual você desconfia que pode não compreender bem a sua linguagem musical, adapte-se a eles o máximo que você seja capaz de o fazer, por Amor a D-s e a seus irmãos. tudo que é feito para D-s precisa ser feito por e com Amor, porque D-s é Amor. e a motivação de tudo o que for fazer precisa ser a de servir a D-s e a igreja ou congregação a que você pertence. se for melhor pro culto você não cantar ou cantar menos músicas, faça isto. se for melhor cantar mais, cante mais. esteja em afinidade com o seu pastor ou com o dirigente do culto. busque saber qual o tema do sermão e na medida do possível escolha músicas que tratem deste assunto, que sublinhem e reforcem a mensagem a ser pregada naquele dia.

é dentro deste contexto que, no playback de
viver e cantar tem duas versões da música "Ele virá" e, também, duas versões pra música "livre, enfim". e tem músicas aí que não tem condições de ter duas versões mas que, por isto, talvez não sejam aconselháveis pra todos os momentos ou todos os cultos. não porque sejam menos santas, mas pela questão da linguagem e da funcionalidade. algumas músicas funcionam mais em alguns lugares do que em outros. muitas vezes nem tem que ver com a mensagem da canção e, sim, com o nível de formalidade do lugar. sabia que a roupa às vezes ajuda na hora de escolher a música? tem lugares ou cultos para os quais você vai de calça jeans e camiseta; cante músicas "calça jenas e camiseta", rs. e tem lugares ou cultos para os quais você vai de terno e gravata; cante músicas "terno e gravata", rs... isto, claro, simplificando bastante, rsrsrs...

e, ainda... pra quem curte... escutando o playback é possível ouvir muitos detalhes que na versão com a voz principal acabavam por ficar encobertos... por isto –especialmente pra aqueles entre vocês que gostaram e continuarão acompanhando meus relatos sobre as gravações e os detalhes das músicas deste cd– o playback é uma ferramenta quase indispensável.

aproveito ainda pra anunciar que a novo tempo concordou em relançar uma versão remasterizada de
poemas e canções, talvez ainda para a expocristã, comemorando o sétimo aniversário de seu lançamento (é, galera... faz tempo!) com novidades como o playback da música "muro" e talvez o "getsêmani" sem vocal e mais algumas surpresinhas... (claro que, pra isto, vamos deixar de lado alguns dos playbacks que hoje ainda fazem parte do cd, mas que tem sido muito pouco utilizados, como "o Amor vai compreender", "pedras" e algumas outras.)

20.7.09

ddg experience.

tenho tido, estas últimas semanas, o imenso prazer de conhecer e conviver com o pessoal do oficina g3 (e suas respectivas famílias). primeiramente com duca (com quem eu já havia conversado uma vez, em 2002), depois com o mauro (o novo vocalista) e, mais recentemente, com os outros também. na verdade eu já estou ensaiando escrever um post a este respeito há pelo menos uns 2 meses, tanto, que nem sei direito mais o que escrever; há tanto que possa ser dito!

pra começar... o cd novo deles –ddg (depois da guerra)– provavelmente é o cd que mais tenho escutado nos últimos dois meses e, provavelmente, muito em breve vai se tornar o cd brasileiro de música cristã contemporânea que mais escutei na minha vida (sem ser por motivos profissionais e, sim, simplesmente por prazer).


o cd é conceitual e temático. a sonoridade é beeem pesada (como um rock metal precisa ser). a produção é
groundbreaking. os arranjos (todos feitos em conjunto, segundo afirma o juninho) são tudo menos óbvios (ainda estou tentando pegar/tirar/assimilar algumas das convenções, rs...!). o repertório é fantástico e equilibrado. as letras são fortes, profundas e maduras. e o novo vocalista... sem comentários! ao todo creio estarmos falando do melhor cd de rock brasileiro de todos os tempos. e de uma nova fase para o grupo. o casamento está perfeito. tudo está redondo. e pior: este grupo tem potencial pra muito mais. se conseguirem acertar no repertório, sei que o próximo disco vai ficar ainda melhor! justamente por isto, inicia uma nova fase para eles, para nós e para a música cristã no brasil.

fui assisti-los ao vivo, em seu "lançamento" na sede da bola de neve, perto do shopping bourbon.
me assustei ao perceber o quão melhor é assisti-los ao vivo do que ecutar o cd. e cheguei à conclusão: por melhor que seja o cd, ele ainda está muito aquém do potencial da banda.

e agora, sábado, eles vão gravar o dvd deles. em santa bárbara d'oeste. simplesmente imperdível. e creio e espero que este dvd seja ainda mais
groundbreaking do que o cd já foi. assistam ao teaser (em alta resolução, de preferência) e vocês entenderão a respeito de que estou falando.

6.6.09

2. moriá

esta foi uma das últimas músicas a entrar no repertório. conheci meu conterrâneo daniel salles (vulgo “negão”) em 2002 numa turnê pelo nordeste com o novo tom, regina mota e márcia lessa (com o cd poemas e canções recém-lançado). bruno gusmão e ele estavam dirigindo o louvor na igreja em que congregamos no sábado pela manhã e, na saída do culto, ele cantou um solo. gostei tanto da voz dele que o chamei pra cantar comigo a música “creio em Ti” —originalmente gravado no cd duetos volume 1 com sérgio saas— na programação do dia seguinte.

a música que eu ia gravar dele serviria como poslúdio do cd (a ser cantada depois do "amen" extraido do "ubi caritas et amor" de lauridsen) e tinha o título (muito longo, rs) "pra entrar no coração de D-s", fiz a pré-produção dela e tudo... até que escutei a canção "moriá".

ela originalmente havia sido composta pra outra pessoa e ele a mostrou apenas pra eu dar minha opinião. normalmente quando gosto muito de uma música que algum compositor me mostra minha reação é de um período de silêncio profundo seguido do pedido: "deixe-me ouvir de novo!" após a segunda vez em que escutei, a pergunta: "você já mostrou esta música pra pessoa para quem você a compôs? quem mais já a escutou?" isto num momento já tão avançado que eu já estava concluindo as negociações com a novo tempo e prestes a iniciar a gravação do cd (sempre lembrando que passei 2 anos fazendo a pré-produção do mesmo, rs.!). até hoje a pessoa que "inspirou" esta música não sabe quem ela é —claro!— mas não me sinto tão mal por isto, porque esta pessoa até o dia de hoje também sequer iniciou o processo de gravação de um cd (ou seja: a música estaria parada até hoje).

a primeira coisa (sem ser pré-produção) a ser gravada neste cd foi a base desta música. estúdio vip do klb, 9:00am do dia 06.09.2006... a oração que iniciaria o processo de gravação de todo o cd. o piano, um kawaii 3/4, havia sido alugado para esta sessão, porque eu queria gravar com piano acústico, bateria e baixo ao mesmo tempo, ao vivo, mas em salas separadas (no klb isto é possível). 6h depois (!!!) a base estava pronta. um parto e tanto... e com o resultado não inteiramente para minha satisfação.

algumas semanas depois chegamos à conclusão que teríamos que regravar algumas bases. duas, pra ser exato. “moriá” talvez ainda poderia passar... mas o ideal seria que também fosse regravada. e o problema não posso nem dizer que foi dos músicos que a gravaram originalmente. na verdade eu havia idealizado gravar todas as bases com o mesmo time, pra ter a mesma sonoridade, etc., mas a verdade é que minha experiência como produtor (eu nunca antes havia produzido nenhum cd) era tão pouca que eu avaliei erroneamente as músicas que deveriam ser gravadas por quem. faltou uma visão mais “realista” se posso dizer isto. foi um problema mais meu, de produção e arregimentação, do que qualquer outra coisa. salvamos o piano (que foi tocado pelo cleverson pedro), mas para refazer a base a gente escolheu o rio de janeiro, onde rafael brito (meu grande parceiro neste cd) tinha muitos contatos.

sempre quis que a guitarra desta música fosse tocada pelo joão castilho (que já havia tocado quase tudo no meu primeiro cd)... tinha uma frase de guitarra que entrou na minha cabeça já na primeira vez em que escutei a música que simplesmente tinha a cara dele! eddy flash arregimentou tudo e lá estava ele, joão, às 9:00am do dia 12.10.2006 com a tele dele (de luthier, se não me engano), prontinho... e foi, novamente, a primeira música do dia. cheguei, o cumprimentei (ele e meu pai já estavam esperando... me atrasei um pouco, porque no dia anterior eu havia feito parte do vocal da gravação ao vivo do dvd do então toque no altar “D-s de promessas” no claro hall e fomos direto de nova iguaçu para o estúdio mega, humaitá —uma distância e tanto!)... ele montou as coisas dele, abrimos a sessão e falei: “cara... chamei você pra esta música, porque tem uma frase de guitarra na minha cabeça que simplesmente tem a sua cara... tinha que ser você... e o timbre é aquele, mesmo, o timbre “joão castilho”, com um pouquinho de drive”. ele riu e, com a experiência e sabedoria que lhe é peculiar, replicou: “então vamos começar por ela que a partir disso eu pego o feeling da música”. qual a frase? ainda preciso dizer?! segundo coro... vocal: “sem sangue, sem entrega” —frase “castilhiana” de guitarra, rs... o resto parecia brincadeira... foi daí até o final da música com no máximo dois cortes, fizemos só um canal. a idéia era ele achar os espaços e dialogar com a melodia; em inglês eu simplesmente diria he nailed it. desafio você a escutar novamente esta canção a partir do segundo coro. eu chamo o vocal, ele faz a frase que conduz pra minha próxima frase que chama o vocal e assim vai até o final da música... fora os efeitinhos no final da primeira estrofe (um pouco encobertos pelas cordas, mas se você se esforçar, consegue escutar bem); simplesmente fantástico. sempre lembrando que ele gravou em cima da base antiga.

como falei anteriormente, foi a última música do dia a ter sua base (re)gravada... chocolate e arthur maia... que combinação... rs.! a esta altura do campeonato (depois já de terem gravado “Ele vive” e “minha fortaleza”) eu já estava confiando tanto nesta mistura rafa + arthur e chocolate que nem assisti a gravação desta base. tomei este tempo pra escrever algumas cifras que faltavam ser escritas para as gravações que haveriam de ocorrer no restante deste dia (que, ao todo, acabou durando 20h, só dentro do estúdio!). só lembro de ter falado pro chocolate que eu queria que a bateria, no coro, tocasse a melodia, e cheguei no final pra ouvir e tinha ficado melhor do que eu imaginava possível. atenção especial pra entrada da bateria, no downbeat: é bumbo, caixa e high-hat ao mesmo tempo! nunca tinha visto isso. ele jogou mais um ás na mesa na parte “e naquele dia, a bíblia conta”... e, o que pra mim é o mais empolgante, é a ponte... high-hat aberto marcando os 4 tempos do compasso e bumbo em tempos fixos, mas completamente inesperados. a música cresce, mesmo! fora o ghost que você não escuta na mix final, mas que dá o molho pra música inteira a partir do segundo coro...!!! [os curiosos de plantão, fiquem espertos que vou deixar o canal solado da bateria no ar no myspace por somente uma semana.]

o que dizer do vocal? 21h, dia 14.10.2006, um microfone neumann U87, um avalon, o estúdio rocha (era pra ter sido o reuel, mas deixa quieto, rs.!), a mágica do adilson, 11 profissionais da voz mais do que experientes e cheios de vontade de cantar, 3h de gravação (o primeiro vocal da noite), rafa sendo “meus ouvidos” do lado de dentro da técnica e 8 canais depois, rs... tá aí o resultado. gravamos a tríade aberta (eu queria bastante harmônicos, aquele som de coral, mesmo, não de vocal) e dividimos os membros do vocal da seguinte maneira: tenores: jairo bonfim, julinho, eddy flash e felipe valente; contraltos: betânia, débora almeida carine luup e eu; sopranos: daniela araújo, marcelle e laura morena. sendo que, na verdade, de início a laura estava no contralto e a carine no soprano... mas depois fomos trocando as duas... algumas dobras de um jeito, algumas dobras de outro jeito. mantivemos sempre 4 no contralto e não no soprano, porque é ele quem faz a melodia praticamente em todo este vocal. detalhe: o arranjo não estava pronto e não tinha nada escrito. o que eu levei pronto foram o primeiro e segundo coro. a partir da modulação, houve colaborações variadas. basicamente cada um que foi dando alguma idéia que permaneceu na versão final aparece na ficha técnica como arranjador.

cordas lindamente arranjadas por clayton nunes (o mesmo que fez o arranjo pro quarteto de cordas em “presente de D-s” no poemas e canções)... lindas... sublinhando, realçando... cumprindo sua função com maestria.

esta foi a segunda música do cd em que eu pus voz. gravei imediatamente depois de ter gravado “obrigado” (antes da blacy aparecer eu gravava duas músicas por dia, rs.) e aconteceu algo curioso... a música, a esta altura do campeonato, já estava praticamente mixada, o que é simplesmente maravilhoso pra quem vai gravar voz... tudo já está no lugar certo... e, pelo menos nos meus cds, sempre canto de cor e, por isso, no escuro, pra não fica acanhado, rs. o rafa que estava me dirigindo e quando eu cheguei no primeiro coro pela primeira vez e escutei o vocal fazendo “sem sangue, sem entrega”, minha voz falhou na segunda palavra que tentei cantar. rafa parou a gravação. repete... chega no mesmo ponto... minha voz falha de novo. rafa no talk back: “pô, leo... que é que tá acontecendo, cara?!”... então, rs... aconteceu que eu fiquei emocionado... e não estava conseguindo cantar. o primeiro coro inteiro eu cantei orando e chorando... por isso as frases tão curtas. eu não sabia se ia conseguir sustentar a afinação ou se minha voz não ia falhar caso eu segurasse qualquer nota por mais tempo.

depois ainda teve a polêmica do agudo no “libertação” que tive que regravar 3 meses depois (por isto, em alguns fones, você pode ouvir som de emenda nesta parte), mas vou ser sincero em dizer que agradeço à minha gravadora por me pedir isto. o agudo rasgado (como alguns de vocês ouviram no meu myspace por um breve período) depois de no máximo 6 meses teria me dado nos nervos e eu teria me arrependido amargamente por tê-lo feito. [obs.: a gente salvou 10 versões do agudo do “libertação” e eu devo ter cantando esta frase bem umas 30 vezes até sair da maneira que saiu; então é claro que eu NUNCA vou arriscar fazer isto ao vivo (embora a gente nunca deva dizer “nunca”, rs...] ;)

22.5.09

1. é preciso apenas crer (prólogo)

a gravação original desta faixa se deu pelo quarteto arautos do Rei, no ano de meu nascimento, 1979, no então ainda vinil "não desistir". nesta época mário jorge lima, autor desta canção, era o diretor musical e pianista dos arautos, e meu pai, francisco gonçalves, era o barítono. foi a única música brasileira a ser gravada para este disco (nesta época ainda se gravava primordialmente versões).

a conheci num projeto maluco/interessantíssimo que o nelsão inventou para um culto de domingo no
iasp, em 2002, na época em que meu irmão mais velho era professor de religião lá, de montarmos um quarteto com allan breno, 1o tenor, comigo fazendo o 2o tenor, meu irmão andré no barítono e samuel campos como baixo. pra quem não sabe: samuel campos foi o primeiro baixo dos arautos do Rei em 1963. o repertório seriam músicas contemporâneas dele. a música "é preciso apenas crer" já habitava o meu inconsciente, mas foi durante os ensaios para este culto que pude compreender e constatar sua verdadeira beleza e grandeza.

esta foi uma das primeiras músicas a entrar para o repertório sendo que a pré dela foi feita ainda em 2004. esta também foi uma das músicas responsáveis pela idéia, que só depois tomou forma, de dividir o cd em 3 blocos, separando os mesmos por músicas à capella. sempre me pareceu 'a música' pra abrir o "viver e cantar", pelo significado, pela história, pela mensagem e, claro, também por esta sonoridade tão gregoriana e ao mesmo tempo brasileira que lhe é peculiar; ela parece ser de um tempo e de um lugar tão remotos quanto familiares; ela consegue soar erudita e ao mesmo tempo folclórica (na verdade a música erudita sempre pegou temas folclóricos emprestados, especialmente no período romântico).

eu a princípio queria gravar o arranjo original do mário jorge, mas resolvi, por fim, gravar a primeira estrofe no original e a segunda num arranjo novo que ficou à cargo do meu irmão andré pra criar a ponte no tempo (para uma música atemporal).

a gravação em si foi bem difícil. de todas as músicas à capella, esta foi a que não tinha nenhum andamento pré-estabelecido, nenhuma contagem, nenhuma maneira de sustentar o tom, nesta harmonia em momentos tão inesperada. comecei gravando o 2o tenor, que foi a voz que aprendi inicialmente. depois gravei o barítono, depois o baixo, depois o 1o tenor. daí eu refiz o 2o tenor. depois de editar e afinar tudo, re-escutando, não gostei. e resolvi gravar tudo de novo, que, agora, já era bem mais fácil, porque usei a versão da qual não tinha gostado como base no fone de ouvido, em cima da qual eu gravaria novamente. entre a gravação e regravação eu já conheci a blacy (minha fono) e a presença dela pro resultado e pra minha satisfação desta faixa foi fundamental.

parabéns ainda para o quarteteiro de plantão adilson k. rodrigues (o engenheiro) pela mixagem incrível! ele escreveu o volume nota por nota, voz por voz desta canção de modo a vocês poderem ouvir com clareza qualquer uma das 4 vozes em qualquer momento que desejarem.

introdução...

eu prometi há muito tempo iniciar uma sequência de comentários a respeito de cada música do meu (por enquanto) mais recente cd "viver e cantar"... creio que a maioria de vocês sequer lembra disto, dado a demora em eu cumprir esta promessa (deve ter sido bem lá no início, na criação deste blog e do meu myspace); mas agora que finalmente (!!!!!!!) o lançamento do playback está prestes a se tornar realidade, vai dar pra vocês ouvirem e repararem em alguns detalhes que a voz principal às vezes encobre um pouco, na mixagem.

não... na verdade nem é isto, não, rs... é que eu criei vergonha na cara, mesmo, rsrsrs...!

30.1.09

tradução.

"traduzir é mentir". assim dizia uma professora (uma das melhores que tive) na unicamp. é impossível você traduzir o significado do que alguém quer dizer, quem dirá as exatas palavras. a tradução pura, aquela em que o tradutor não aparece, simplesmente não existe. porque linguagem é cultura. e nem duas pessoas do mesmo país e da mesma língua materna têm exatamente o mesmo background.

a comparação que eu sempre fiz da tradução, por exemplo, de uma obra literária é que o equivalente a você ler a tradução de algo, seria, no mundo da pintura, você ver uma cópia de um quadro de van gogh impresso em algum livro ao invés de estar, de fato, de frente para o seu original em algum museu. as cores podem até estar certas, mas você não consegue ver a força e/ou intenção de cada pincelada; falta a "energia" (e não se preocupem: não estou virando espiritualista).

particularmente gosto de traduzir, rs. sei, é raro. já tentei traduzir livros que amo (e que não tem no português), mas meu perfeccionismo e minha chatice comigo mesmo eram tantos que depois de uns 20 dias de trabalho diário, ainda estava na introdução do livro. enfim... não deu certo. mas tradução simultânea (que é aquela em que a pessoa que traduz nem sabe que está sendo traduzida e que você fica com aquele headset com fone e microfone) eu adoro, rs.! talvez porque eu goste de viver perigosamente... porque eu goste do risco. quando uma frase foi, ela foi. não tem como pedir pro orador repeti-la, porque você não está do lado dele. já a tradução em que você fica do lado do orador, também é muito legal, mas bem mais fácil. 

sempre quis traduzir os cantores internacionais quando viessem ao brasil. primeiramente pra poder ter um contato de qualidade com eles (eu também sou "fã" de muitos cantores a maioria dos quais são internacionais), segundo, porque além de estar junto na apresentação, você acaba podendo determinar algumas coisas de cronograma, ou seja: posso participar da maneira com que a pessoa será exposta ao nosso brasil maravilhoso, contribuindo para que ela saia daqui com a melhor das impressões, e terceiro, porque gosto, mesmo de traduzir. 

estou tendo a primeira oportunidade de fazê-lo com o kenoly jr.; sim, ele é o filho do ron kenoly. e pra quem não conhece os kenoly brothers, por favor... façam uma pesquisa rápida no youtube. eles fazem parte do que eu chamo de "nova geração" da música black. vibrato oscilante puxando pra cima, uma pouco, a afinação; MUITO molho e bom gosto. junior e jezrrel (que sozinhos mereciram um post aqui) beberam MUITO desta fonte. é um conceito vocal bem mais moderno do que o tradicional boyz ii men ou brian mcknight. e é MUITO bom. agradeço ao baruk pela oportunidade de já começar (espero que seja somente o começo) minha vida de tradução de cantores tão com o pé direito. e claro que, neste caso, possivelmente role uma interação musical, também, além da linguística. mas com certeza quem assitir a estas (ou alguma delas) apresentações vai sair com um conceito vocal diferente... e superior. é coisa que, fora com junior e jezrrel e talvez o paulo zukini, a gente ainda não tem no brasil (pelo menos não até onde eu saiba). 

o link com as informações é:

hoje já começa na ad bereana em vila mariana, são paulo. 20h. amanhã na zl, no mesmo lugar em que foi o lançamento do grulha. segunda em araras e terça em suzano. não percam e convidem amigos...


ps.: quem foi ontem no grulha, sem sombra de dúvida não se arrependeu.

29.1.09

HOJE!!! - lançamendo do cd de thiago grulha




bem... a grande maioria de vocês sabe que thiago é quem faz minha agenda (e a do baruk); muitos de vocês também sabem do ministério dele, na música e palavra. não consegui postar isto aqui antes, porque só obtive todas as informações enquanto estava na angola, onde fiquei praticamente sem acesso à net. quem puder, vá hoje. sem dúvida nenhuma, vai valer a pena e você vai sair de lá mais do que satisfeito com o que você terá ouvido não apenas musicalmente, mas também espiritualmente. 

quem conhece o thiago sabe a pessoa incrível que ele é. engraçado (mas sério, rs.!), educado, humilde, sensível e profundo. hoje vai ser imperdível. a gente se vê lá.